domingo, 31 de julho de 2011

What if ?



Engraçado é que eu ainda me imagino com você. A gente se casando. Acordando, você me trazendo café da manhã na cama, eu passando geleia no seu rosto e você me fazendo cócegas. Eu te puxaria e nós ficaríamos ali mas um pouco, deitados, planejando o nosso dia. Você sentaria na cama, e mexendo no meu cabelo, você diria: “Você está linda hoje”. Você iria se arrumar pro trabalho e eu iria continuar na cama, com aquela sua camisa larga, lendo a tabela de esportes no jornal. Do quarto eu gritaria que o meu time estava na frente do teu no campeonato, e lá do banheiro, com o cabelo todo bagunçado e a escova de dentes na mão, você iria aparecer na porta do quarto, colocaria língua pra mim e eu iria rir. Rir muito de você. Rir de nós. Rir só por estar feliz. Rir por ter você ao meu lado. Já teria dado a sua hora, e você teria que ir embora. Eu te acompanharia até a porta. Te daria mil beijos, e quando você cruzasse a porta, eu te puxaria e te abraçaria, mais. Você andaria uns dois passos, olharia pra trás e quando me visse de cabeça baixa, você voltaria, me beijaria, me pegaria no colo e iria me girar. Você diria, baixinho, no meu ouvido : “Calma, a gente vai se ver logo.” E então eu iria ficar te observando ir. Na hora do almoço, a gente se encontraria naquele mesmo restaurante. Que não seria o mais caro nem o melhor da cidade. Mas que iria ter o melhor rosbife e a melhor panqueca doce que a gente já teria experimentado na vida. Eu iria fazer o pedido e você ao olhar a minha cara de indecisa diria pro garçom: “Tem algum prato especial pro jantar? Porque do jeito que eu tô vendo, essa lerda não vai decidir o que quer tão cedo”. Eu iria te olhar, assim, por cima, e iria rir baixinho de você. Olharia pro garçom, faria o pedido e depois eu mexeria no celular,com a cara fechada, sem olhar pra você. Você iria pegar na minha mão e dizer: “Você fica tão linda assim, minha boba”. Eu te chutaria por debaixo da mesa e com aquela cara de dor, a gente ia rir. E eu faria você prometer que me pagaria um sorvete depois. Você faria que sim com a cabeça. A gente comeria, rindo, fazendo graça, tacando coisas um no outro. Todo mundo iria olhar. A gente se despediria de novo,e eu voltaria pra casa e você pro trabalho. Eu pegaria o albúm de fotos e passando cada foto, eu me lembraria de todos os momentos que eu passei ao teu lado. Eu deitaria no sofá da sala e pensaria em você, e depois as minhas bochechas iriam doer, de tanto sorrir. Eu pegaria o nosso gato no colo, e pra ele, eu contaria as nossas mil e uma histórias, tudo que vivemos juntos. Quando você chegasse em casa, eu estaria fazendo o nosso jantar. Você iria jogar a sua maleta na mesa, de qualquer jeito e depois me abraçaria por trás e me daria um beijo. Eu me viraria e sorrindo eu perguntaria como foi o seu dia. Você com o dedo dentro do molho do macarrão, diria: “Foi normal. Passei o dia todo pensando em você.” E depois levaria o dedo a boca. Eu iria bater na sua mão com a colher. Repetindo que você não podia colocar a mão dentro das panelas enquanto eu preparava alguma coisa. E você iria rir, irônico e dizer: “Tá bom mamãe… não faço mais”. Você então me puxaria, me deitaria no chão da sala e iria me beijar, me agarrar, forte,e eu tentaria me soltar. Reclamaria que o jantar já estava quase pronto, e que iria passar do ponto. Então eu colocaria pra nós dois. A gente comeria, só nós, aquele macarrão meio estranho, mas você acharia a melhor coisa do mundo, só por ter sido eu quem fiz. Eu te obrigaria a me ajudar a lavar a louça, e a gente iria molhar a cozinha inteira. Fazendo bolhas de sabão, e sem querer, quebrando uns três pratos. Depois a gente deitaria no sofá. Na tv, iria estar passando um filme meloso, aquelas histórias de amor clichês. Eu deitaria a minha cabeça no seu ombro, e choraria nas partes em que o mocinho se declara pra mocinha. Você daria um sorriso bobo, do tipo “Como ela é boba. Como eu amo essa boba.” E então você me daria um beijo na testa. Eu iria pegar no sono, e você me lavaria no colo pra nossa cama. Você me colocaria com todo cuidado na cama, e depois faria carinho no meu cabelo, repetindo como me ama. Eu fingiria que estava dormindo, só pra ouvir o que você iria dizer. E então, com um gemido baixo, eu acordaria, olharia pra você e diria: “O filme já acabou?” E você com todo o amor do mundo diria: “Sim, pode voltar a dormir meu bebê.” Eu te beijaria. Delicadamente. Te tocaria, os toques mas sensíveis, mas perfeitos do mundo. Eu iria ser sua aquela noite. E por todos os dias da minha vida. Agora me diz, o que eu faço com todos os momentos que eu planejei passar ao teu lado?

4 comentários:

  1. Ooooown quase chorei com isso, sério mesmo, pois estou começando um relacionamento sério agora e planos sempre tenho!
    Beijinhos!

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  2. Noooossa, já tive que deixar pra lá tantos planos, taaantas vezes! Dói muito ter que esquecer de tudo de uma hora pra outra =/

    Beijo!
    http://biacentrismo.blogspot.com - @biacentrismo

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  3. É muito lindo, mas muito lindo mesmo planejar essas coisas que nos fazem voar de olhos fechados.
    Pena que cenas de filmes não acontecem na vida real. Pode até existir um romance lindo, mas nunca perfeito assim.
    infelizmente.

    www.vepocket.blogspot.com

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  4. Texto incrível!!! Adoreeei...
    estou seguindo o blog .. se puder de uma passadinha no meu e tbm me siga http://biiamuller.blogspot.com/ .
    Beijinhos, B.

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